terça-feira, 20 de agosto de 2013

ATIVIDADE 1.2

Atividade 1.2
Quem sou como professor e aprendiz?

            Penso que tornar-se professor é um processo que se inicia, de alguma forma, assim que entramos na escola, continua na escola, na graduação, na pós-graduação, no doutorado e deve ser uma história sem fim, porque ser professor é ser um eterno aprendiz. Mas ser professor é também muito difícil, principalmente nos dias atuais, quando nos deparamos com duras realidades, desafios, obstáculos que muitas vezes nos levam ao desânimo. É preciso que, aquele ou aquela que escolheu ser professor, tenha, acima de tudo, amor pelo magistério ou não irá muito longe. Ser professor e é ser emoção, é encarar todos os dias pequenos e grandes desafios; é perseverar diante do desafio de ter nas mãos a capacidade de construir/transmitir saberes, de influenciar pessoas a ver, ouvir e sentir a vida e, sobretudo, plantar a semente de mudança para um mundo melhor, pois a profissão docente é a base que sustenta toda sociedade, uma vez que todas as profissões se fazem e se constituem a partir dela.
O lado bom dessa história é que hoje, a globalização e o mundo tecnológico permitem que nós educadores mudemos o nosso modo de pensar e agir. Nós, profissionais da educação, precisamos de informações generalistas e abrangentes, precisamos trabalhar com os alunos a formação da consciência, os valores do cidadão, além das disciplinas específicas e, para tanto, podemos contar com novas ferramentas tecnológicas que estão aí para nos auxiliar nesse processo.
Ser professor e aprendiz é estar constantemente atualizando-se, aprendendo a aprender, apropriar-se de saberes e fazer uso das tecnologias disponíveis para que possamos formar cidadãos autônomos. Sendo assim precisamos estar sempre motivados a buscar novas metodologias de ensino contextualizando as informações, não bastando somente ter acesso à informação, mas saber buscá-la nas diversas fontes e, sobretudo, saber transformá-las em conhecimentos, levando o indivíduo a resolver problemas da vida cotidiana, seja em questões pessoais ou profissionais. Para isso, devemos nos sintonizar com o mundo, e isso só é possível se nós, educadores, formos simultaneamente mestres e aprendizes.
Nós mestres, somos profissionais em vários sentidos: por ensinarmos e por nos comprometermos com condutas de trabalho numa atividade que exige a contínua exposição de convicções. Essa condição envolve muitas responsabilidades, com conhecimentos e procedimentos, especialmente por lidarmos com crianças e jovens em formação intelectual e por muito tempo.
É muito difícil atribuir uma definição de ser “professora” a si mesma. Vou usar um trecho de uma homenagem aos professores escrita por Beth Landim, que se encaixa no “eu professora.”
“... falar de docência é falar de várias profissões que transpõem e se sobrepõem a esta. Somos mágicos, ao fazermos malabares com diversas situações que atingem nossa imagem e vida pessoal; somos atores, que interpretam a vida como ela é, quando sentimos e transmitimos emoções ao conviver com tantas performances; somos médicos, ao receber crianças adoentadas pela miséria, pela falta de tempo da família, pela carência de viver a própria infância; somos psicólogos, ao ouvir as lamentações advindas de duras realidades; somos arquitetos, ao tentarmos construir conhecimentos. Ao parar e pensar, talvez seja possível encontrar, em cada profissão existente, um traço de nós professores. Por isso, apesar de sermos muitos... somos um só... múltiplos na unidade e únicos na multiplicidade... somos educadores... somos professores que professam sua fé no Humano.”

Cursista: Maria Lúcia Linhares



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