quarta-feira, 30 de julho de 2014

RA - ATIVIDADE 3.1

Diretrizes da escola frente ao uso das mídias sociais


1.    Contextualização do uso de Mídias Sociais na Escola
            Com o avanço das tecnologias nos mais variados ambientes sociais que vem modificando e complementando a forma de agir e pensar dos indivíduos surge a necessidade de refletir sobre o uso das novas tecnologias de informação e comunicação no processo educativo. A escola como espaço informativo, construtor e transformador de relação entre os homens e com o mundo, faz com que a escola insira mecanismos nas suas metodologias que complementem a prática de ensino e aprendizado, tornando essa ação mais eficiente e agradável aos envolvidos no processo.
            A escola hoje se tornou um espaço onde o uso das tecnologias se faz necessário, pois o fluxo de informações se tornou mais intenso, graça ao uso de equipamentos conectados a internet, onde se destaca o uso dos computadores, celulares, tablets, smartphones, etc., que estão frequentemente inseridos dentro da sala de aula, interligando os conhecimentos básicos aos mais complexos da grade curricular. Assim, nossos alunos buscam estar inseridos nos meios tecnológicos destes, as redes sociais têm destaque e maior preferência por oferecerem perfis para diferentes tipos de usuários, principalmente adolescentes e jovens. É uma realidade que deve ser trabalhada entre o aluno, o professor, a informação e o conhecimento. Aí está uma bela oportunidade de os educadores se apropriarem da situação para mediar e orientar os educandos em como utilizar as redes sociais para corroborar na formação e construção de diretrizes que sejam aliadas ao processo de ensino e aprendizagem.
2.    Justificativa para o uso das Mídias Sociais na Escola
A implantação dos recursos tecnológicos na educação contribui para a melhoria de informações, aumenta o acesso ao conhecimento, permite agilizar e tornar mais eficiente a comunicação entre professores, alunos e instituição. No entanto, apesar dos avanços das tecnologias estarem contribuindo para novos modelos de ensino e de aprendizagem, ainda encontramos professores e gestores que resistem ao uso dessas tecnologias, principalmente o uso das redes sociais como ferramenta educativa, por descrerem no potencial desses instrumentos midiáticos, ignorando que, nossos alunos vivem o tempo em que a tecnologia faz parte da vida da geração que nasceu com um celular, smartphone ou tablet nas mãos.
3.    Diretrizes
Segundo Betina Von Staa, pesquisadora da divisão de Tecnologia Educacional da Positivo Informática, “O mais importante é fazer com que os professores se lembrem de que não existe tecnologia impermeável, mas comportamentos adequados nas redes”.
            As normas abaixo relacionadas ao uso das tecnologias na educação buscam promover a equidade de aprendizagem garantindo que conteúdos propostos sejam trabalhados de forma interativa e dinâmica, sem deixar de considerar os diversos contextos nos quais os alunos estão inseridos, possibilitando o sucesso destes no meio sócio tecnológico.
·         O primeiro passo é que cada professor tenha como objetivo planejar suas ações de acordo com as necessidades e realidades dos alunos e para tanto deve conhecê-los, procurar saber o que eles sabem e o que querem. Os alunos se queixam pela forma como a escola proíbe atitudes relacionadas ao uso de tecnologias que são hábitos normais no seu cotidiano. A sugestão é que a escola tenha uma nova postura a fim de tornar possível, interessante e significativo o trabalho em nossas salas de aula, incorporando constitutivamente as diversas tecnologias ao currículo. Aliar aos saberes tecnológicos de nossos alunos experiências sobre modos de ler, escrever e participar de situações de comunicação, por vezes bem distintas das vivenciadas no espaço físico da sala de aula. O ”saber fazer” de nossos alunos pode, inclusive, ajudar a romper de vez a tradicional relação de saber/poder entre professor e aluno, com vistas à construção de um legítimo espaço colaborativo, onde todos podem assumir papéis de destaque.
·         Integrar nosso fazer na escola, incorporar o uso do celular como ferramenta de pesquisa, investigação e aprendizado! Se eles dominam a tecnologia, que tal uma parceria para um projeto sobre jornal (que reúne uma variedade de gêneros), por exemplo, iniciando pela discussão sobre as relações entre diferentes versões impressas e digitais, de forma a favorecer a produção de um jornal digital dos alunos? Se gostam e entendem tanto de tecnologia, por que não pensar em um blog, no qual todos os alunos teriam condição de publicar diferentes textos, em função de variados assuntos e áreas disciplinares, com espaço para troca de opiniões e frequente construção de conhecimentos.
·         Outra questão geradora de controvérsias é o fenômeno do face book. Não há como a escola ignorá-lo tampouco proibir, pois a maioria dos estudantes usa como forma de comunicação com os amigos e é fato que a maior parte do tempo que eles passam na internet é fazendo uso dessa ferramenta. O que a escola precisa fazer é orientá-los a utilizá-lo de forma produtiva. Nesse sentido é essencial que o professor tenha conhecimento acerca das dinâmicas comunicacionais da cibercultura, principalmente no que se refere à interação e a utilização de ferramentas midiáticas.
·         Para que as mídias sociais seja um instrumento de educação e cidadania é preciso definir e discutir entre as partes, aluno/professor, as formas adequadas para utilizá-las. Cabe ao professor fundamentar os conceitos necessários para que o aluno possa aprender a lidar com a imensurável quantidade de informações disponíveis na internet.
4.    Considerações Finais
Analisando de uma forma geral o uso das tecnologias como ferramenta de aprendizagem na escola em que trabalho, pude observar que alguns professores já usam, embora de maneira tímida, como ferramenta de aprendizagem. É compreensível que inserir as mídias no espaço escolar é extremamente desafiador. Muitos educadores e alunos têm uma visão crítica diferenciada com relação à utilização das ferramentas tecnológicas no processo de ensino e aprendizagem questionando o impacto no meio educacional onde estas, contribuem ou não, para a construção do conhecimento. É perceptível no cotidiano pedagógico certa expectativa, por parte de alguns professores, quanto à disponibilidade em usar recursos midiáticos como ferramenta educativa, uns por insegurança, outros por resistência em fazer mudanças na prática pedagógica.
É importante que professores e alunos, pais e comunidade escolar, reconheçam que podem adquirir novos conhecimentos relacionados às tecnologias de informação e comunicação, mesmo que seus conhecimentos sejam pequenos ou limitados. Além disso, o professor precisa se ver como elemento importante de uma nova sociedade em transformação, em que o uso de tecnologias como os dispositivos móveis e o uso de redes sociais podem colaborar para seu aprimoramento profissional e fazer diferença no seu fazer pedagógico.


Cursista: Maria Lúcia Linhares