sexta-feira, 25 de abril de 2014

REDE DE APRENDIZAGEM - Atividade 1.6

Vídeo Ciranda da Bailarina


Lidando com os erros e com a diversidade
Ciranda da Bailarina
Chico Buarque e Edu Lobo
Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Berruga nem frieira
Nem falta de maneira
Ela não tem

Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida
Ela não tem

Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda as seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem

Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem

O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem, todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem

Procurando bem
Todo mundo tem...

Análise:
            A Ciranda da Bailarina é uma canção despretensiosa de caráter infantil. O que mais chama a atenção é a singularidade de sua personagem: “A Bailarina” a qual a canção se refere, é diferente, não é igual a ninguém. Não se assemelha a nenhuma pessoa de nossa realidade, homem ou mulher, menino ou menina.
Todos nós compartilhamos de alguns defeitos (ou não) referidos no texto. Todo mundo teve, tem ou poderá vir a ter algum deles, assim como tantos outros não mencionados, menos a Bailarina. No entanto, esse “não ter” ao invés de desqualificá-la, produz efeito contrário e lhe confere um “valor especial” que se constrói progressivamente ao longo da canção. Seus predicados nesse sentido não se enumeram em si, mas vão se tornando evidentes por oposição àqueles do mundo presente, do qual se insiste, ela absolutamente não faz parte.
Todo mundo carrega alguma marca, sofreu algum incômodo, doença, dor, fraqueza, a Bailarina, porém, é imune a tudo isto, protegida das limitações da gente humana ao longo da história cantada na canção. Os fatos corriqueiros que nos afetam e muitas vezes deixam seus traços ao longo de toda a vida, para ela não existem, nem nunca quaisquer cicatrizes lhe causaram. Mesmo uma das experiências fundamentais de qualquer ser vivo, o envolvimento afetivo, emocional e decorrências naturais de um “primeiro namorado” ela não apresenta. Isso deixa claro, que a Bailarina não é mesmo humana, não é alguém do “mundo da gente”, não pertence a esta dimensão da realidade que costumeiramente habitamos.


Cursista: Maria Lúcia Linhares

quinta-feira, 24 de abril de 2014

REDE DE APRENDIZAGEM - Atividade 1.5

Registros Auto avaliativos



            O processo educativo é um caminho de construção de saberes. Nesse percurso o erro faz parte da construção do aprendizado, fazendo com que o professor reflita sobre o conhecimento de seus alunos. Analisando a prática em sala, se percebe que muitos alunos têm receio de participar nas aulas por medo de errar e com isso serem ridicularizados pelos seus colegas. Tendo em vista a prática docente devemos valorizar mais o erro, afirmando assim que o erro pode proporcionar uma aprendizagem significativa.
A correção é uma intervenção necessária, mas preocupante para os educadores, uma tarefa complexa, pois qualquer atitude grosseira ou constrangedora pode provocar transtornos no processo de aprendizagem da criança. Acredita-se que o educador precisa ter cautela ao avaliar o erro do aluno, para que de fato sirva de instrumento norteador de aprendizagem. Dessa forma, o professor deve estar preparado para trabalhar o erro e usá-lo como ponto de partida para a aprendizagem; é preciso compreendê-lo antes de combatê-lo. Carvalho (1997) afirma haver erros ligados ao saber, às informações e erros ligados ao saber/fazer, às capacidades ou erros de raciocínio, de uso de princípios e regras. Nesse sentido, a atitude do professor diante do erro deve ser sempre a de transformá-lo em situação de aprendizagem. Enfim, o erro faz parte da vida e ninguém aprende sem errar.
Em anos passados, cometer erros diante de meus alunos, era uma situação que me deixava bastante constrangida. Hoje, encaro de outra forma, afinal de contas, ninguém é obrigado a saber de tudo, ninguém sabe de tudo e a vida é um eterno aprendizado. Quando desconheço determinado assunto, indago o aluno a fim de saber qual é o seu conhecimento acerca do assunto abordado e convido-o para juntos fazermos uma exploração mais ampla. Essa é uma boa oportunidade para compartilhar conhecimentos. Quando os alunos trazem novidades, as aulas ficam bem mais interessantes porque eles próprios (os alunos) se interessam muito pelas descobertas uns dos outros. Essa é outra bela oportunidade para o professor explorar o conhecimento de cada um e enriquecer sua aula de maneira significativa.
            O processo de conhecimento de todos nós nunca estará completo, a cada dia aprendemos e vivenciamos novas experiências e precisamos estar abertos a isso, porque se pensarmos que já sabemos tudo correrá o risco de ficarmos estagnados no tempo.
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
Cora Coralina




Cursista: Maria Lúcia Linhares 

terça-feira, 22 de abril de 2014

REDE DE APRENDIZAGEM - Atividade 1.4

Reflexões sobre cenários de mudança


Quando nos reportamos à nossa infância e adolescência e lembramo-nos de algumas atividades como as formas de lazer e a maneira de estudar, nos damos conta do quanto a tecnologia transformou o cenário da sociedade. É fato que os avanços tecnológicos são primordiais para as pesquisas científicas, como na área da saúde, da educação, da agricultura, da pecuária, dos transportes, enfim, para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, porém, essas mesmas tecnologias, que agora são primordiais na vida do indivíduo, vem causando alguns transtornos entre as gerações, pois os jovens de hoje vivem , respiram tecnologias o tempo inteiro, enquanto que os pais e até mesmo a escola não conseguem acompanhar tais mudanças.
 A televisão oferece programas, e ideias já formuladas, histórias concluídas, não sendo preciso o telespectador raciocinar para se chegar a um fim. Os jogos, por outro lado, estimulam o raciocínio do jogador, entretanto a maioria deles não tem um fundo educativo, não trazem cultura, pelo contrário trazem a ideia de violência e, por serem jogos, têm infinitas possibilidades de procedimentos para se ganhar, por isso envolvem e “viciam” o jogador.
A escola, por sua vez, vem tentando dinamizar novas metodologias para atender essa nova clientela, no entanto as mudanças são lentas e não conseguem acompanhar os avanços tecnológicos. Um ponto preocupante nesse cenário é o desenvolvimento intelectual, já que as crianças e jovens utilizam a tecnologia, principalmente para atividades de lazer.
 A internet (hoje acessada de aparelhos celulares modernos e em qualquer lugar que disponibilize sinal Wi-Fi) se apresenta envolvente, pois além de informações, fontes para conhecimentos e pesquisas, imagens, sons, jogos traz também inúmeras possibilidades de comunicação imediata entre os interligados, não exigindo deles uma correta forma de fala e de escrita, contudo, quando se trata de estudo propriamente dito, procuram sempre o caminho mais fácil e rápido, como por exemplo, pegar um resumo na Internet a ter que ler um livro na íntegra, "copiar e colar" ao invés de produzir seu próprio texto. Desta forma o hábito da leitura, o enriquecimento do vocabulário que ajudariam na produção de um texto bem redigido é esquecido, o que causará impacto no cotidiano escolar. Aí incumbe uma séria reflexão: se quando tínhamos somente os escritos em papéis (livros, enciclopédias etc.) como meios de comunicação e aprendizagem, sentíamos dificuldades em fazer os estudantes se concentrarem para que a aprendizagem acontecesse, ainda mais agora que as mídias estão presentes na maioria das casas de nossos estudantes, e não somente nas casas, mas em aparelhos móveis, possibilitando estarem conectados 24 horas por dia, onde quer que estejam, com inúmeras possibilidades de usos. Isto é bom e ruim! Bom porque é possível em todo lugar estarem em contato com o conhecimento, e ruim porque a maioria das crianças e adolescentes não faz uso das tecnologias móveis para adquirir cultura e sim para comunicação em linguagem coloquial e contatos em redes sociais e jogos.

Cursista: Maria Lúcia Linhares

REDE DE APRENDIZAGEM - Atividade 1.3

http://pt.slideshare.net/marialucialinhares7/ativ13

REDE DE APRENDIZAGEM - Atividade 1.2

Ingresso na Comunidade Virtual Redes de Aprendizagem.
Apresentação: Meu nome é Maria Lúcia Linhares, professora, trabalho na Escola Estadual Monteiro Lobato há 18 anos e hoje exerço a função de Professora Orientadora de Tecnologias no Laboratório de Informática da referida escola.
Endereço do Blog: http://luciamlbv.blogspot.com.br
            O surgimento de novas formas de comunicação contribui para a transformação no modo de vida das pessoas. Diariamente surgem novos aparelhos com softwares e aplicativos de última geração, mais acessíveis, tanto no que se refere a valores quanto ao seu manuseio, isso favorece mais pessoas se beneficiem com as tecnologias. Um exemplo dessa evolução pode ser observado nas redes sociais e outras mídias como: Facebook, WatsApp, Skkype, Viber, Messenger, Instagram, e-mails, blogs, fotoblogs, etc. Os blogs são muito utilizados por pessoas para divulgar trabalhos, comercializar produtos e compartilhar assuntos de interesse comum com outras pessoas. Nas minhas pesquisas, pude constatar que muitos professores já usam o blog como ferramenta educacional.
            Vejo no blog uma excelente alternativa para comunicação na educação e um extraordinário meio para proporcionar novas metodologias desvinculadas do tradicional, primeiro, pela facilidade de publicação, e segundo pelo atrativo que essas páginas exercem sobre os jovens, no entanto, faz-se necessário que o professor se aproprie dessa linguagem e explore com seus alunos as várias possibilidades desse novo ambiente de aprendizagem.


Cursista: Maria Lúcia Linhares

REDE DE APRENDIZAGEM - Atividade 1.1

http://www.slideshare.net/marialucialinhares7/apresentao-ativ11